terça-feira, 31 de maio de 2011

CÁLCULO DE MEDICAMENTOS

Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar 11 saberes, segundo
Figueiredo et al (2003, p.173):
1. Saber quem é o cliente;
2. Saber quais são suas condições clínicas;
3. Saber seu diagnóstico;
4. Saber qual é o medicamento;
5. Saber as vias;
6. Saber as doses;
7. Saber calcular;
8. Saber as incompatibilidades;
9. Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e alimentares;
10. Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva;
11. Saber cuidar.

Cabe destacar que, a dose adequada é uma das partes mais delicadas da administração de medicamentos e envolve responsabilidade, perícia e competência técnico-científica. Logo, é necessário que a enfermeira entenda alguns conceitos:
-Dose: quantidade de medicamento introduzido no organismo a fim de produzir efeito
terapêutico.
- Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica
sem ser acompanhada de sintomas tóxicos.
- Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e pode causar conseqüências
graves; a morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo.
- Dose letal: quantidade de medicamento que causa morte.
- Dose de manutenção: quantidade que mantém o nível de concentração do
medicamento no sangue.
Unidades de medida:
- grama: unidade de medida de peso; sua milésima parte é o miligrama (mg), logo 1g
corresponde a 1000mg e 1000g correspondem a 1 kg.
- litro: unidade de volume; sua milésima parte corresponde ao ml, logo, 1000ml é igual
a 1l; dependendo do diâmetro do conta-gotas, 1ml corresponde a 20 gotas e 1 gota
corresponde a 3 microgotas.
- centímetro cúbico (cc ou cm³): é similar ao ml, logo 1cc equivale a 1ml.
Noções elementares: Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes.
Suspensão é também composta por duas partes, mas difere da solução por ser
heterogênea, o que significa que após centrifugação ou repouso, é possível separar os
componentes, o que não ocorre na solução.

A concentração de uma mistura é determinada pela quantidade de soluto numa proporção definida de solvente, e poderá ser expressa em porcentagem (%) ou em g/L. Como exemplo temos que uma solução de glicose com 5g de glicose (soluto) dissolvida em 100 ml de água (solvente) é uma solução com concentração de 5%. Isso significa que a concentração é obtida pela divisão da massa (g) pelo volume, e é expressa em % ou g/L.
Exemplo 1) TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES:
Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500 ml de soro.
Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml a 10%.
Primeiro passo – Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.
100 ml – 5 g
500 ml – x
x = 500 x 5 / 100 = 25g
  • 500 ml de soro glicosado a 5% contem 25g de glicose
Segundo passo – Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contem um frasco a
10%
100ml – 10g
500 ml – x
X = 500 x 10 / 100 = 50g
  • 500 ml de soro glicosado a 10% contem 50g de glicose.
  • Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g.
Terceiro passo – Encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de glicose hipertônica
Temos ampola de glicose de 20 ml a 50%
100 ml – 50g
20 ml – x
X = 20 x 50 / 100 = 10g
  • Cada ampola de 20 ml a 50 % contem 10g de glicose
20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml
  • Será colocado então, 50 ml de glicose a 50%, ou seja, 2 + ½ ampolas de 20 ml
no frasco de 500ml a 5%. Ficaremos com 550 ml de soro glicosado.
 
Exemplo 2) CALCULO DE INSULINA
Temos seringa de 1 ml graduada em 40 UI, o frasco de insulina é de 80 UI por mililitro.
A dose prescrita foi de 25 UI.
80 U – 25 U
40 U – x
X = 40 X 25/ 80 = 12,5 U, então aspiraremos 12,5 UI, que correspondem as 25 UI
prescritas.
Quando as unidades não coincidem com o frasco:
Frasco------------- seringa
Prescrição--------X
Exemplo: insulina simples 20 UI
Disponível: frasco--------- 40 UI
Seringa-------- 80 UI
40---------- 80 UI
20---------- X
X = 40 UI
 
Exemplo 3) DILUIÇÃO DE MEDICAMENTO (REGRA DE TRÊS)
Temos gentamicina 80 mg em ampolas de 2 ml. Foi prescrito 60 mg, quanto
administrar?
2 ml - 80 mg
X – 60 mg
X = 1,5 ml
  • Devo administrar 1,5 ml de gentamicina.
 
EXERCÍCIOS DE CÁLCULO PARA DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
1)Quantos gramas de permanganato de potássio são necessários para preparar
250 ml de solução a 2%?
2)Quantos gramas de cloreto de sódio são necessários para preparar 500 ml de
solução salina a 7,5%?
3)Administrar 30 U de insulina, usando uma solução de 80 U/ml e uma seringa
graduada em 40 U
4)Administrar 20 U de insulina, usando uma solução de 40 U/ml e uma seringa
graduada em 80 U/ ml
5)Em quantos ml deve-se diluir 80 mg de gentamicina para se obter 705g em 0,5
ml?
6)Em quantos ml de soro fisiológico deve-se diluir 1g de binotal para se obter 150
mg em 1 ml?
7)Em quantos ml de SF deve-se diluir 10.000.000 unidades de penicilina para se
obter 750.000 unidades em 1 ml ?
8)Administrar glicose EV. Apresentação glicose 50% em ampola de 20 ml.
9)Administrar Lasix, ampola de 2 ml de 20 mg/ml. Aplicar 15 mg. Quanto diluir e
quantos ml administrar?
10)Temos frascos de penicilina cristalina 5.000.000 U, administrar 1.250.000 U.
11)Temos frascos de penicilina cristalina 10.000.000 U, administrar 7.000.000 U
12)Temos heparina, frasco de 05 ml que contem 5.000 U/ ml. Administrar:
a.2.500 U
b.12.500 U
c.18.000 U
d.20.000 U
13)Temos frascos de Decadron com 2,5 ml, que contem 4 mg/ml. Esta prescrito 0,8
mg, quantos ml aplicamos?
14)Temos frascos de Decadron com 2,5 ml, que contem 4 mg/ml. Esta prescrito
25 mg, quantos ml aplicamos?
15)Um frasco de Keflex 500 mg a ser diluído em 5 ml, administrar 135 mg, quantos
ml isto me representa?
16)Temos um frasco de Mefoxim 1 g a ser diluído em 6 ml, esta prescrito 350 mg,
quanto aplicaremos?
17)Temos um frasco de penicilina cristalina 10.000.000 U. Administrar 2.800.000
U. Diluir em 10.
18)Temos heparina frasco de 5 ml com 5000 U/ml. Infundindo 4 ml equilvale a
quantas unidades?
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• STAUT, N. da S; DURÁN, M.D.E.M; BRIGATTO, M.J.M. Manual de drogas
e soluções. São Paulo: EPU, 1986.
• FIGUEIREDO, N. M. A. de. Administração de medicamentos: revisando uma
prática de Enfermagem. São Caetano do Sul: Difusão Enfermagem, 2003

segunda-feira, 30 de maio de 2011

INJEÇÃO SUBCUTÂNEA

  • Solução introduzida na tela subcutânea (tecido adiposo);
  • via utilizada para administração de medicamentos que necessitam ser absorvidos lentamente (ex.: heparina, insulina);
  • volume máximo de 1 ml;
  • tamanho da agulha: 13x4,5 (90°) ou 20x6 (30°)
Materiais
  • Bandeja;
  • algodão embebido em álcool a 70%;
  • solução a ser administrada;
  • prescrição médica.
Procedimento
  • Lavar as mãos;
  • reunir os materiais;
  • orientar o paciente;
  • selecionar o local para aplicação;
  • locais de aplicação: toda a tela subcutânea, preferencialmente parede abdominal, face anterior da coxa e do braço, dorso superior; menos indicado é o anterior do antebraço, porque existe grande chance de se pegar um vaso;

  • fazer assepsia com algodão embebido em álcool a 70%;
  • pinçar o local de aplicação com o polegar e o indicador;
  • introduzir a agulha;
  • soltar a pele;
  • aspirar para verificar se houve punção acidental de vaso;
  • injetar lentamente a solução e não massagear, pois este procedimento estimula a absorção da droga.

ESPERO PODER ESTÁ AJUDANDO COM ESSAS POSTAGENS. DEIXE SEU COMENTÁRIO OU SUA CRITICA, OBRIGADO.


                                                                                     Gê Oliveira

sexta-feira, 27 de maio de 2011

2 MÊSES DE BLOG

Quero agradecer a todos os amigos do Brasil e de todo o mundo pelas 2.381 visitas até o momento. Nesses 2 meses de blog, o INTERLIGADO NA ATUALIDADE ainda é um bêbe, e vem si esforçando durante esse tempo, para passar pra vocês conteudos informativos e bem elaborado. Obrigado a todos e continue INTERLIGADO NA ATUALIDADE conosco. Um abraço a todos.


                                                                          Gê Oliveira

quarta-feira, 25 de maio de 2011

VII Feira de Saúde Metrorec - Recife

A FLORENCE, Escola Tecnica de Enfermagem dos Palmares, não esteve de fora, marcamos presença na feira, prestando serviço a população que si deslocou até aquele lugar para avaliar sua saúde. Como podemos ver nas fotos logo abaixo.
















Parabêns a todas as meninas, que prestaram um bom serviço, e queremos agradecer ao Sr. Givaldo pela confiança  nessa equipe.



INJEÇÃO INTRADÉRMICA

  • Solução introduzida na derme;
  • via utilizada para testes de sensibilidade e vacina;
  • volume máximo de 0,5ml;
  • seringa e agulha de insulina (13x4,5);
  • locais de aplicação: pouca pigmentação, poucos pêlos, pouca vascularização e fácil acesso.

Materiais
  • Bandeja;
  • algodão SECO;
  • solução a ser injetada.
Procedimento
  • Lavar as mãos;
  • preparar os materiais em bandeja;
  • identificar a solução a ser administrada;
  • orientar o paciente com relação ao procedimento, solicitando que lave o local de aplicação com água e sabão;
  • limpar o local com algodão seco, pois a anti-sepsia com álcool a 70% ode acarretar teste falso positivo;
  • distender a pele do local;
  • introduzir a agulha paralela à pele ou a 15° com bisel para cima;
  • injetar lentamente a solução (tem que fazer pápula);
  • não pode massagear;
  • solicitar que o paciente não manipule o local de aplicação.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Parabêns a você ENFERMEIROS pela passagem do seu dia

Profissional de enfermagem

O branco de sua roupa transmite a paz

O calor do seu coração aquece a alma

a sua dedicação levanta o ânimo

O seu sorriso alegra o coração

O seu carinho faz muita diferença

O seu toque transmite energia

Por isso, você é uma dádiva de Deus

na vida daqueles que precisam de sua dedicação

Neste seu dia lhe desejo

muita paz, alegria e prosperidade

e que o Senhor Deus ilumine sempre sua vida.

HOMENAGEM A ENFERMEIRA

Logo ao amanhecer,
começam a se movimentar,
na luta contra a dor
para a vida do seu semelhante salvar.

Chamadas a todos os cantos,
a todos atende com muito amor,
as vezes mal compreendidas,
sem o semelhante reconhecer seu valor.

As vezes até nem é culpada,
de demorar a atender,
esquecemos que esteve ocupada,
com outro caso grave para resolver.

Com suas fardas brancas e lindas,
estão atentas à toda hora,
para trazer o bálsamo que cura,
como um anjo de nossa senhora.

Todos os doentes curados,
saem alegres, por voltarem ao lar,
elogiam sempre os médicos,
mas esquecem das enfermeiras elogiar.

A elas devemos tributar,
grande parte da nossa gratidão,
pois contribuíram como puderam,
para nossa recuperação.

Esse poema foi escrito por um major da PM em 13-11-1982 enquanto estava internado num determinado hospital.

Autor Major Antenor

" Essa é uma homenagem do blog, inteligado na atualidade, pela passagem do dia do Profissional da Enfermagem".

INTRAMUSCULAR

  • A injeção IM é feita através da introdução da medicação dentro do músculo;
  • o volume máximo a ser administrado é de 5ml;
  • tem efeito relativamente rápido;
  • podem-se administrar substâncias aquosas ou oleosas;
  • a escolha da graduação da seringa é feita de acordo como o volume a ser administrado; a da agulha, de acordo com a idade, a tela subcutânea e a solubilidade da droga;
  • locais de aplicação: distante de vasos e nervos, musculatura desenvolvida, preferência do paciente.
Região deltóide

  • Traçar um retângulo na região lateral do braço, de três a quatro dedos abaixo do final do ombro;
  • o braço deve estar fletido sobre o abdome ou paralelo ao corpo;
  • volume de até 3ml.
Região glútea
  • Fazer a punção no local como indicado na figura abaixo:


  • puncionar no quadrante superior externo;
  • o paciente pode ficar em decúbito lateral ou posição de Sim's;
  • se preferir em pé, solicitar que faça contração dos músculos glúteo através da rotação dos pés para dentro, mantendo os braços ao longo do corpo;
  • volume máximo de 5ml.
Região ventroglútea (Hochester)
  • Colocar a mão E no quadril D, apoia o dedo indicador na espinha ilíaca ântero-superior D, abrir o dedo médio ao longo da crista ilíaca espalmando a mão sobre a base do grande trocanter do fêmur e formar com o dedo indicador um triângulo. Se a aplicação for feita do lado esquerdo do paciente, colocar o dedo médio na espinha ilíaca ântero-superior e afastar o indicador para formar o triângulo. A aplicação pode ser feita em ambos os locais.


Região da face ântero-lateral da coxa
  • Retângulo delimitado no terço mediolateral da coxa;
  • agulha curta;
  • angulação oblíqua de 45% em direção podálica.


Materiais
  • Bandeja;
  • algodão embebido em álcool a 70%
  • medicação preparada e identificada;
  • prescrição médica.
Procedimento
  • Lavar as mãos;
  • preparar os materiais em bandeja;
  • escolher tamanho adequado de seringa e agulha (verifique na tabela a seguir);
  • explicar o procedimento ao paciente;
  • escolher o local de aplicação;
  • fazer assepsia com algodão embebido em álcool a 70%;
  • introduzir a agulha;
  • aspirar para verificar retorno de sangue;
  • injetar a medicação (a velocidade de infusão dependerá do tipo da droga);
  • retirar a agulha num movimento rápido;
  • comprimir com algodão;
  • massagear (atenção: existem medicações que contra-indicam a massagem local após sua aplicação!)
    Tabela sugestiva para escolha do calibre adequado de agulhas
_______________________________________________________
     Faixa etária      Espessura        Solução aquosa      solução oleosa
                              subcutânea_______________________________
     ADULTO             Magro                25x7                           25x8
                                  Normal               30x7                           30x8
                                  Obeso                 40x7                           40x8___
     CRIANÇA           Magra                 20x6                           20x7
                                  Normal                25x7                          25x8
                                  Obesa                  30x7                          30x8___

domingo, 22 de maio de 2011

NOÇÕES DE FARMACOLOGIA

Dicas importantes em farmacologia
  • Antes de medicar o paciente, procure conhecer a droga que será oferecida: finalidade, efeitos colaterais e via de administração.
  • Procure seguir atentamente os cinco certos da administração de medicamentos.
  • Lavar as mãos sempre antes e após o preparo das medicações.
  • Para a administração de drogas IM e SC, alternar locais de aplicação.
  • Durante a infusão de droga EV, estar atento às condições gerais do paciente.
  • Em caso de dúvidas com relação à dosagem da droga prescrita, procure seu professor ou equipe médica para imediato esclarecimento.
  • Durante o preparo e a administração dos medicamentos, procure não conversar e não se distrair.
  • Não esqueça de checar o horário da medicação que você administrou.
  • Caso não seja possível a administração da medicação no horário prescrito, comunique à equipe, bote o horário e justifique o motivo na anotação de enfermagem.
  • Mantenha a sala de preparo de medicação sempre em ordem.
Lembre-se!
  • 20 gotas = 1ml
  • 3 microgotas = 1 gota
  • % = g/100ml
  • 1g = 1.000mg
  • 100UI = 1ml
Fórmulas
- Gotejamento de soro
nº gotas/min. =      V         onde: V = volume em ml
                          T x 3                T = tempo em horas (T = 1h)
nº gotas/min. =  V x 20      onde: V = volume em ml
                             T                   T = tempo em minutos (T < 1h)
nº microgotas/min =  V_    onde: V = volume em ml
                                 T               T = tempo em horas (T = 1h)
nº microgotas = nº gotas x 3

- Heparina
  • 0,1ml de heparina + 9,9ml de água destilada = 10ml de solução de heparina;
  • injetar de 0,5 a 3ml, dependendo do tamanho do cateter;
  • conservar em geladeira durante tempo determinado pela unidade em que se está estagiando.
- Penicilina

Ao diluir a penicilina, injetar 8ml de diluente para aspirar 10ml de solução final, pois o frasco-ampola já contém 2ml de pó.
Alguns hospitais já recebem por escrito a forma de diluição e preparo dos medicamentos.

- Regra dos cinco certos
    1. Paciente certo:
  • conferir nome completo, quarto e leito.
    2. Medicamento certo (conferir na presceição):
  • conferir atentamente, na prescrição médica, o nome do medicamento.
     3. Dose certa:
  • conferir a dosagem à ser administrada e, em caso de dúvidas, esclarecer com seu professor de estágio ou equipe médica/enermagem.
    4. Via de administração certa:
  • verificar a via de administração correta correspondente à medicação.
     5. Horário certo
  • verificar o horário correto, procurando evitar atrasos ou adiantamento na administração.
OBS.: os cinco certos devem ser verificados, escritos numa etiqueta e colocados sobre a medicação. Veja o exemplo abaixo:

        Josefina da Silva              Q: 503           L: 10
        Keflin 500mg                   VO 10:30h

Principais vias de administração de medicamentos
  • Intramuscular (IM)
  • Subcutânea (SC)
  • Intradérmica (ID)
  • Endovenosa (EV)
  • Via oral (VO)
  • Tópica

sábado, 21 de maio de 2011

FLORENCE no mutirão de saúde

A Escola Técnica dos Palmares FLORENCE, participou nesta sexta feira, dia 21/05 de um mutirão de saúde na estação central do Recife, finalizando a semana da enfermagem e o dia do Tec. e Aux de enfermagem, realizado pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco.

Estudantes e profissionais da área realizam aferição de pressão, cálculos de Índice de Massa Corporal (IMC), além de darem informações sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), diabetes e outras enfermidades.

Foram também distribuídos panfletos sobre as diferenças nas atribuições de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares, destacando a importância de cada um desses profissionais.

Obs.: Aguarde fotos deste evento nesta proxima semana.

IRRIGAÇÃO CONTÍNUA

Continuando com as postagens do nosso guia pratico de enfermagem, vamos aprender mais uma técnica.
Irrigação Contínua

Tem por finalidade lavar a bexiga em caso de obstrução por coágulos, sangramento uretral, pós-cirúrgico de prostatectomia e outros.

Materiais

  • Sonda Foley de três vias;
  • SF para irrigação;
  • equipo de soro;
  • luvas de procedimento;
  • impresso para balanço;
  • coletor;
  • suporte de soro.

Procedimento
  • Preparar a solução;
  • pendurá-la no suporte;
  • conectar a sonda ao equipo da solução;
  • substituir a solução sempre que necessário;
  • controlar o gotejamento e observar a pemeabilidade;
  • calçar luvas;
  • medir volume drenado;
  • vol. infundido - vol. drenado = vol. total
  • observar características;
  • anotar balanço em impresso próprio.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sondagem Vesical

É a passagem de uma sonda, da uretra até a bexiga, com o objetivo de drenar a urina. É um procedimento completamente estéril e tem como finalidade:
  • esvaziamento da bexiga;
  • controle rígido do volume urinário;
  • preparo para cirurgias;
  • drenar urina de pacientes com incontinência urinária;
  • auxiliar no diagnóstico de patologias do sistema urinário.

Materiais
  • Pacote de cateterismo vesical:
        - campo estéril;
        - cúpula;
        - seis bolas de algodão ou gaze;
        - pinça Pean;
        - cuba rim;
  • sonda uretral de alívio ou de demora (ver materiais para sondagem vesical de demora a seguir);
  • PVPI tópico ou anti-séptico de escolha;
  • xilocaína gel lacrada;
  • luva estéril;
  • saco para lixo;
  • recipiente para coleta de urina (cálice graduado);
  • recipiente estéril para coleta de amostra de urina s/n;
  • biombo.
Acrescentar os materiais abaixo para sondagem vesical de demora (SDV):
  • gaze estéril;
  • seringa de 20ml ou 10ml;
  • agulha;
  • ampola de água destilada ou SF a 0,9% 1,0ml;
  • xilocaína gel lacrada;
  • coletor de rina estéril (sitema fechado);
  • micropore;
  • comadre;
  • sonda Foley com numeração adequada ao paciente;
        - Homem: uma seringa a mais (xilocaína/água);

Procedimento
  • Posicionar o paciente (mulher: ginecológica; homem: pernas estendidas e afastadas lateralmente);
  • colocar biombo;
  • lavar as mãos;
  • abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobre o campo, o fixando-a com adesivo;
  • abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se paciente agitado, abrir em mexa auxiliar);
  • colocar PVPI na cúpula sobre as bolas de algodão;
  • abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa);
  • colocar xilocaína na gaze;
  • abrir a ampola de água;
  • calçar as luvas;
  • aspirar 10ml de água destilada sem tocar na ampola;
  • testar o cuff da sonda;
  • lubrificar 5cm da sonda;
  • HOMEM: preparar seringa com 10ml de xilocaína;
  • conectar a sonda ao coletor;
  • fazer a assepsia*;
  • introduzir a sonda até 3cm após o refluxo de urina;
  • insuflar o cuff com o volume de água indicado;
  • tracionar lentamente até oferecer resistência;
  • tirar as luvas;
  • fixar a sonda na coxa.
*MULHER: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão do meato urinário até o ânus e uma bola de algodão no meato urinário.

*HOMEM: duas bolas entre a região inguinal e o saco escrotal (D e E), duas bolas no sentido do prepúcio ao saco escrotal, dividido em porções D e E, euma bola de algodão na glande em movimento circular único, uma bola no meato urinário. Elevar o pénis perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10ml de xilocaína no meato e introduzir a sonda.

*Dependendo da bibliografia consultada, pode haver diferenças quanto às técnicas de assepsia e sondagem.

Observação

Sonda vesicas de alívio - não possui cuff;

Existem dois tipos de SVD:

- Foley de duas vias (uma para insuflar e outra para drenar);
- Foley de três vias ( igual à anteriro + uma para infundir solução) - geralmente utilizada para irrigação contínua.

RETIRADA DA SONDA

Materiais
  • Saco de lixo;
  • luva de procedimento;
  • seringa.
Procedimento
  • Verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
  • calçar luvas de procedimento;
  • aspirar o soro fisiológico ou a água destilada do cuff (o mesmo volume que foi colocado);
  • retirar a sonda;
  • desprezá-la no lixo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Novidades

Olá pessoal, quero agradecer a todos pelas visitas ao nosso blog, e quero avisar que após o nosso Guia Pratico de Enfermagem, estaremos postando Dicas de um Guia Prático de Enfermágem em Cardiopatias, muito bom para quem deseja si especializar na área de Enfermagem em Cirurgia Cardíaca. Espero que vcs estejam curtido as postagens, e estou esperando os comentários de vcs para poder-mos interagir. Um grande abraço.

                                                             
                                                                                       Gê Oliveira

Aspiração

Sua principal finalidade é retirar as secreções das vias aéreas superiores e inferiores com auxílio de uma sonda de aspiração.
Material
  • Sonda de aspiração de calibre adequado;
  • luva estéril;
  • fluxômetro ligado à rede de vácuo;
  • frasco estéril para montagem do circuito de aspiração;
  • frasco de água destilada (500ml) ou de SF a 0,9% para limpeza do circito após a utilização;
  • gaze estéril;
  • máscara para proteção individual;
  • seringa de 10ml s/n;
  • agulha 40x12 s/n;
  • ampola de SF s/n;
  • saco de lixo.
Procedimento
  • Instalar o fluxômetro na rede de vácuo, juntamente com circuito de aspiração;
  • testar o aspirador;
  • elevar a cabeça do paciente e lateralizá-la;
  • abrir a extremidade da sonda e adaptar ao aspirador;
  • colocar a máscara e a luva (considerar estéril uma das mãos e a outra, não);
  • introduzir a sonda com a válvula aberta, na fase inspiratória;
  • proceder à aspiração ocluindo a válvula com o polegar;
  • aspirar e retirar a sonda com a mão estéril;
  • desprezar em caso de obstrução e trocar as luvas;
  • s/n fluidificar a secreção, instilando 2ml de SF;
  • aspirar o nariz e depois a boca;
  • lavar todo o circuito com SF ou AD e desprezar a sonda;
  • trocar todo o circuito a cada plantão ou quando o frasco estiver cheio de secreção;
  • anotar data e hora, quantidade, característica da secreção, reações do paciente durante o procedimento;
  • aspirar durante 15s e dar intervalos de 30s.
Observação

Só há necessidade de este procedimento ser estéril durante a aspiração de cânula endotraqueal ou traqueostomia. Existem diversos tipos de sonda de aspiração no mercado, peça ao seu professor que lhe apresente alguns deles.

sábado, 14 de maio de 2011

Inalação

Tem por finalidade fluidificar as secreções das vias aéreas para facilitar seu desprendimento e expectoração.

Materiais
  • Fluxômetro;
  • micronebulizador, com máscara e extensão;
  • SF a 0,9% esterilizado;
  • medicamento;
  • etiqueta;
  • gaze;
  • folha de anotações.
Procedimento
  • Instalar o fluxômetro na rede de O2 ou ar comprimido e testá-lo;
  • abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo;
  • identificar o inalador com etiqueta (data e horário de instalação)
  • colocar o SF no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro;
  • conectar a máscara ao micronebulizador;
  • regular o fluxo do gás (produzir névoa 5l/min);
  • aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca, solicitando que ele respire com os lábios entreabertos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nebulização

Materiais
  • Fluxômetro;
  • máscara simples ou venturi de tamanho adequado, esterilizada;
  • frasco nebulizador;
  • extensão plástica esterilizada (traquéia);
  • etiqueta e folha de anotações de enfermagem.
Procedimento
  • Instalar o fluxômetro e testá-lo;
  • colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
  • identificar com etiqueta contendo data e horário de instalação;
  • repor a água do nebulizador sempre que necessário. Trocar o conjunto no intervalo de tempo determinado pela instituição.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O que são eletrólitos?

Os eletrólitos são soluções que permitem a passagem dos elétrons, mas isso não garante que eles possam trafegar livremente. Nos eletrólitos os elétrons trafegam "presos" aos íons. Existem eletrólitos fortes, que praticamente não impedem a passagem dos íons, eletrólitos médios, que apresentam alguma resistência à corrente, eletrólitos fracos, que se opõem fortemente - mas permitem - a passagem da corrente, e os não-eletrólitos, soluções que não permitem que a corrente elétrica os atravesse.

Quando aplicamos uma diferença de potencial em um material, o pólo positivo começa a atrair os elétrons desse material que, chegando ao pólo, caminham pelo circuito até chegar na outra ponta, o pólo negativo, onde podem ser reinseridos no material. Está complicado? Vamos pensar diretamente nos eletrólitos que a explicação ficará mais clara.

Pense em uma solução de cloreto de sódio em água. Sabemos o sal irá se dissociar em íons Na+ e Cl-. Quando mergulhamos dois fios na solução, um ligado ao pólo positivo e um ao negativo de uma pilha, o positivo começa a atrair os íons de carga negativa - no caso o cloreto (Cl-) - por possuírem cargas elétricas opostas.

Ao atingir o pólo positivo, o elétron excedente do íon é capturado pelo pólo fazendo com que o Cl- se transforme em Cl. O pólo negativo atraiu os íons sódio (Na+) e o elétron capturado percorre todo o circuito até chegar ao pólo negativo, encontrando então o íon. Como o íon é positivo, ele tem falta de elétrons, portanto ele captura o elétron "disponível" no pólo negativo e também deixa de ser um íon, neutralizando-se.

Cloreto de sódio

Acredito que esse exemplo tornou o mecanismo mais compreensível, mas gostaria de ressaltar que no caso do NaCl não é exatamente assim que acontece. Você poderá perguntar: então por que esse exemplo, já que não é bem assim? A idéia é que você entenda primeiramente o mecanismo. Para fins didáticos, o cloreto de sódio é um ótimo exemplo, pois estamos muito habituados a ele.

Você percebeu que - para uma solução permitir a condução de corrente - uma coisa parece fundamental: a presença de íons na solução. Os íons são as "caronas" que citei anteriormente, são eles que permitirão o fluxo eletrônico.

Nem todas as substâncias quando em solução libera íons. Compostos iônicos como os sais e bases já são formadas por íons e, quando em solução, os deixam livres, em um processo que chamamos de dissociação. Compostos como os ácidos, que não possuem íons quando em solução sofrem um processo que chamamos de ionização e passando a possuí-los, embora livres. Substâncias moleculares que não sofram ionização não liberarão nenhum tipo de íon quando em solução.

Dessa forma, podemos dizer que:
Substâncias iônicas, quando em solução ou quando fundidas (líquidas), liberam íons, portanto conduzem corrente elétrica.
Substâncias moleculares, quando em solução, se sofrerem ionização, liberam íons e conduzem corrente elétrica. Se não sofrerem ionização não conduzem corrente.
Substâncias iônicas ou moleculares, quando no estado sólido não liberam íons e não conduzem corrente elétrica.
Para que uma solução seja um eletrólito é necessária a existência de íons livres.

O que é o pH?

Aqui atendendo ao caro leitor Jailson Alcides, espero ter ajudado.
O pH, potencial hidrogeniônico ou potencial hdrogênio iônico, é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.
A escala do pH pode variar de 0 até 14, sendo que quanto menor o índice do pH de uma substância, mais ácida esta substância será, veja o pH de algumas substâncias:

Ácido de bateria - < 1,0
Coca-cola - 2,5
Água Pura - 7,0
Saliva Humana - 6,5 - 7,4
Cloro - 12,5
O pH menor que 7 indica que tal substância é ácida, para pH maior que 7 indica que a substância é básica e para substância com pH 7 indica que ela é neutra.
O valor do pH está diretamente relacionado com a quantidade de íons hidrogênio de uma solução e pode ser obtido com o uso de indicadores.
Os indicadores possuem a propriedade demudar de cor conforme o caráter da substância, se for ácido ou básico.
O termomêtro da saúde vaginal é o índice de PH, ou potencial hidrigeniontico. O PH mede o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância.A água, por exemplo, uma substância reconhecidamente neutra, tem índice 7 de PH. O Ph da vagina saudável é ácido, ou seja, mais baixo do que 7. Seu grau normal varia de 3,8 a 4,2. É esta a condição ideal de sobrevivência dos Bacilos de Doderlein, também conhecidos como lactobacilos, representantes da flora microbiana que povoa o ambiente vaginal saudável. A redução do nível de lactobacilos na vagina é a principal causa das irritações e infecções que, vira e mexe, nos incomodam e nos obrigam a correr para o ginecologista. O tratamento com antibióticos pode diminuir o nível essa flora da mesma forma que mata bactérias. Situações de estresse e de baixa da resistência do organismo, dependendo do impacto, causam o mesmo efeito e podem produzir infecções. A aproximação da menopausa e as mudanças que o desequilíbrio hormonal produzem também afetam O PH.
Se o resultado da queda brusca no equilíbrio da flora microbiana é um PH vaginal mais ácido, ficamos sujeitas ao ataque de fungos como a Cândida, que provoca coceira intensa e o corrimento branco, com aparência de coalhada, chamado de candidíase. Se o desequilíbrio torna o PH mais alcalino, estamos expostas à ação da bactéria tricomonas, que prolifera nesse meio. E também ficamos vulneráveis à vaginose, outra infecção provocada pelo PH mais alcalino, caracterizada por mau cheiro perceptível, principalmente após a relação sexual.
Existem remédios caseiros capazes de corrigir o PH, especialmente quando é pequena a variação de acidez. Eles podem aliviar uma irritação corriqueira ou mesmo a coceria excessiva, e vale a pena conversar com seu médico sobre eles. Para diminuir o grau de alcalinidade da flora vaginal, que sujeita a região ao ataque da tricomoníase ou à vaginose, um banho de assento com vinagre diluído em água na proporção de meio copo de vinagre para um a dois litros de água, por exemplo, pode ser a salvação momentânea. Quando o PH aumenta de acidez, expondo o meio vaginal ao fungo da candidíase, uma colher de sopa de bicarbonato dissolvido num copo de água pode trazer alívio imediato. As soluções devem ser aplicadas diretamente na vagina, com o auxílio de uma seringa (sem agulha).
Tais procedimentos devem estar de acordo com indicações de seu médico ginecologista, naturalmente. A única intervenção caseira que se pode utilizar sem a orientação médica é o banho de assento com chá de camomila. A planta é um anti-inflamatório natural muito bom, que alivia muitos os sintomas de irritação.
O uso de iogurte e de produtos com lactobacilos é visto com ressalvas pelos médicos. As duas substâncias podem equilibrar o PH, mas nada comprova que realmente ajudem a repor o nível dos bacilos de Doderlein e, portanto, recuperar a flora microbiana vaginal. A busca de uma cepa de lactobacilos adequada a este fim é hoje objeto de pesquisa no mundo todo. Mas segundo o médico Simões, esta é uma pesquisa complexa. "As cepas variam entre as populações femininas de acordo com as diferenças de clima, vestuário e alimentação e, assim, os lactobacilos das asiáticas, por exemplo, não são iguais aos das americanas, e os das brasileiras também são diferentes."

Cheia em Pernambuco

Quero mim desculpar com meus leitores pela falta de postagens, pois fomos afetados aqui pela cheia, no ultimo dia 02 de maio e novamente no dia 05 de maio, sendo em uma menor proporção que a anterior, daí ficamos sem acesso a internet. Muitas famílias desabrigadas, graças a Deus não fui atingida diretamente más está sendo abrigada em minha casa varias famílias e objetos de varias pessoas. Peço a todos as orações por esse povo sofrido, que está agora na luta de recomeçar, fazendo limpeza em suas casas e com a perspectiva de no mês de Junho serem atingidos novamente no inverno. Que Deus nus proteja e nus ajude.